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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

QUANTO MAIS FED, MAIS CHEIRA...

Nos últimos dias, o temor da "recessão" nos Estados Unidos tem causado uma enorme instabilidade nos mercados internacionais. Não se discute outra coisa por aqui, nem na Europa e nem na Ásia.

"A recessão é um período em que ocorre um grande declínio na taxa de crescimento econômico de uma determinada região ou país. Do ponto de vista dos empresários, recessão significa restringir as importações, produzir menos e aumentar a capacidade ociosa. Para o consumidor, significa restrição de crédito, juros altos e desestímulo para compras. Para o trabalhador, baixos salários e desemprego. Tecnicamente, para que a economia de um país entre em recessão, são necessários dois trimestres consecutivos de queda no PIB. Se o PIB crescer pouco, pode-se falar até de estagnação econômica, mas não de recessão. A recessão é formada por uma redução expressiva das atividades comerciais e industriais.
Wikipédia - Recessão

Os Estados Unidos atualmente é um grande consumidor de muitos produtos do mundo inteiro. De petróleo, por exemplo, é o maior. Por isso, o medo da recessão nos EUA vem empurrando o preço do petróleo para baixo pois, diminuindo o consumo, sobra mais e o preço cai. Então, o medo do desaquecimento da economia de lá provoca uma insegurança nos países fornecedores, principalmente naqueles em Desenvolvimento nos quais o PIB depende muito do comércio com os EUA, como o Brasil, por exemplo, causando recessão em cadeia.

Todo esse estardalhaço ainda é resultante da crise do crédito imobiliário, que estourou no ano passado e parecia ter se calado no final do ano. Buscando combater a diminuição brusca do consumo causado pelo endividamento dos americanos, esta semana o banco central de lá - chamado Federal Reserve, vulgo FED - baixou novamente a taxa de juros. Do início da crise pra cá, a taxa de juros já baixou de 5,25% pra 3,5%. A notícia fez algumas bolsas no mundo se recuperarem, mas o medo ainda não passou. No Fórum Econômico Mundial, que está rolando essa semana, a recessão nos EUA tem sido citada não mais como um risco, mas já como uma certeza.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, a China concorre com os EUA pelo posto de maior consumidor do mundo. Desde 2005 tomou o posto dos EUA de maior mundial de grãos, como trigo e arroz, além de carne, carvão, aço, fertilizantes, televisores, geladeiras, celulares, PCs. Inclusive espera-se que até 2010 o posto de maior consumidor de energia também seja assumido pela potência asiática. Se a recessão for proclamada, esse processo pode ser ainda mais acelerado.

No Brasil, o alto escalão do Banco Central e do Governo tem defendido a tese de que estamos com a economia tão aquecida que não corremos o risco de entrar numa recessão por aqui. Anotem isso, quem falou foi o próprio Henrique Meirelles. As empresas por aqui continuam apresentando bons resultados (e descobrindo novas jazidas de gás por aí), o que deverá suportar o mercado de trabalho e a despesa em bens de investimento. Porém, alguns mercados, principalmente de produção rural, deverão sofrer um impacto significativo.







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