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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Educação Financeira

"Falar sobre qualquer coisa é muito prazeiroso, desde que exista alguém que queira escutar você."
Essa era uma frase que um professor meu de história, no ensino médio, repetia incansavelmente.
Infelizmente o assunto dele passa longe de ser uma coisa que seus alunos adolescentes queiram escutar.


Mas os tempos são outros e o assunto do blog também é outro! Estamos aqui para discutir economia, finanças, investimentos, oportunidades, e afins. E além de gostar muito de falar sobre, gostamos mais ainda de escutar, ler, assistir, praticar e respirar o assunto.

Então, através deste blog, acabamos descobrindo que aquela frase lá do professor de história faz realmente muito sentido. A maior prova disto é que o Rafael Seabra - o outro editor deste blog - foi convidado para ser colunista do portal JC Online, o portal do jornal de maior circulação em Pernambuco.

A partir de hoje ele estará lá quinzenalmente falando sobre Educação Financeira, pra quem quiser ouvir [digo, ler]. Confiram lá!
Além de continuar aqui também, é claro, com as suas opiniões sempre muito sensatas!

Mas essa enrolação toda é mais pra agradecer a vocês leitores do blog por terem aberto esta porta para nós.
Além de fazer o merchan, é lógico!

Parabéns Rafael, sucesso!!
E ponto para os nossos leitores!


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

É hora de sair da bolsa?


Estava lendo a revista Exame (Proteja-se na tempestade, 29 de agosto) e vi uma matéria que onde várias perguntas eram respondidas a respeito da tormenta que passou pelo mercado mundial nos últimos dias. Entre elas, uma que muitas pessoas devem ter feito - ou ainda estão fazendo - recentemente: É hora de sair da bolsa?

Quem vai precisar de dinheiro aplicado em ações nos próximos seis meses - para saldar uma dívida ou comprar um bem, por exemplo - deve sair. Ainda assim, os recursos não precisam ser sacados de uma só vez. Parcelando os resgates, o investidor tem alguma chance de vender suas ações num momento de alta e, assim, diminuir um pouco seu prejuízo. Os demais investidores, que não têm compromissos financeiros urgentes, devem permanecer na bolsa.

Os especialistas são unânimes ao afirmar que aplicar em ação continua sendo uma boa alternativa. Os principais fatores que favorecem o mercado não mudaram: os fundamentos da economia brasileira continuam sólidos, as empresas estão lucrativas e a tendência de queda dos juros permanece. Mais do que nunca, porém, o horizonte da aplicação deve ser de longo prazo, isto é, superior a 12 meses, pois ainda não se sabe qual é a real extensão da crise no mercado imobiliário americano nem quais podem ser seus efeitos sobre a economia global.

Portanto, quem estiver fora, aguarde um pouco até que essa tormenta passe ou, pelo menos, estabilize novamente; que estiver dentro sem compromissos a curto prazo, permaneça mas esteja atento ao andamento dessa crise; e quem estiver contando com esse dinheiro investido para necessidades a curto prazo, é não confiar muito no momento atual, pois aparentemente o problema não não será resolvido tão rapidamente quanto se pensa. Nesse caso, é melhor se resguardar.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Mapa da Crise Imobiliária

Nos últimos dias as notícias não falam de outra coisa senão a crise imobiliária. Entenda neste post, em poucos passos, a origem de toda essa confusão!

  • 11 de Setembro: Ataques terroristas causam a morte de 2873 pessoas nos EU
  • Reação Militar do EU: O conflito no Iraque custou mais do que o esperado, causando um déficit potencial na economia Americana.
  • Hipoteca: Muitas pessoas resolvem re-financiar suas casas – com juros baixos – para pegar o dinheiro e gastar com outras coisas.
  • Financiamento de Risco: Corretoras criaram o serviço Subprime através do qual as pessoas “não-confiáveis” poderiam re-financiar ou comprar suas casas próprias - com juros mais altos. O serviço atraiu investidores de alto risco.
  • Bolha Imobiliária: Aumenta a demanda por compra de imóveis. Conseqüentemente os preços aumentam também. Ainda assim a demanda continua grande.
  • Aquecimento do Mercado: Com o aquecimento do mercado, a produção local dos EU não dá conta do consumo, e as importações aumentam.
  • Inflação: O FED (Banco Central dos EU) detecta uma tendência de inflação, e aumenta os juros como medida de controle.
  • Déficit na balança comercial: Países como o Brasil e a China se beneficiam do aumento dos negócios nos EU. Este, por sua vez, libera a venda de títulos do tesouro Americano para compensar a saída de dólares do país.
  • Desaquecimento do Mercado: Os mutuários foram surpreendidos com o aumento das suas dívidas de hipoteca (por causa do aumento dos juros). Os que não diminuíram o consumo, perderam a casa. A procura por aquisição de novos imóveis cai drasticamente, os preços também.
  • Fuga de Investidores: A quebra de financeiras, causada pela inadimplência, prejudicam os investidores. Estes, pra não saírem no prejuízo, colocam suas outras ações à venda. Muita oferta e pouca demanda: queda das bolsas nos EU.
  • O Medo: As especulações e a preocupação de que a inadimplência se estenda pelos outros setores da economia Americana está causando uma queda nas bolsas de todo o mundo, principalmente em países que ainda dependem muito do comércio com os EU.
  • A Crise: Os investidores globais que precisam de caixa estão desmontando seus investimentos em países com ativos bastante líquidos, como é o caso do Brasil. Isso faz com que a bolsa por aqui caia bastante. Segundo especialistas, apesar do risco-país estar em constante alta, o Brasil vai resistir à todas estas turbulências vivo.


terça-feira, 14 de agosto de 2007

COMO INVESTIR EM AÇÕES

Esse post é baseado numa sugestão do nosso amigo Ernani, que deixou um comentário num post passado pedindo que explicássemos melhor o passo-a-passo de como se tornar um investidor em ações. Então vamos lá!

Antes de começar a investir de fato, eu recomendaria dar uma lida com bastante atenção em algum material básico que explicasse como funciona essas negociações de ações e suas características. Um material interessante pode ser encontrado no site da Timing.

Após o entendimento teórico básico, vamos à parte prática: para investir em ações, a pessoa deve estar cadastrada em alguma corretora de valores que trabalhe com Home Broker. Atualmente a maioria dos bancos possuem corretoras. Não existe custo relacionado à entrada na corretora ou permanência nela. Todos os custos estão relacionados às negociações das ações e manutenção delas. Quando compramos ou vendemos ações, pagamos pela corretagem. A corretagem é a comissão paga à corretora pela negociação da ação. Algumas corretoras trabalham com corretagem fixa (valor único para qualquer negociação); outras, com corretagem variável (custo relacionado com percetual do valor negociado), baseado na tabela de corretagem da Bovespa. Outro custo que incide nesse mercado é a taxa de custódia. Taxa de custódia é o valor pago à corretora pela manutenção mensal das ações. É um preço fixo, mas que varia de corretora para corretora. Esse valor só é pago quando se tem ação sob custódia da corretora. Se em determinado momento você tiver vendido todas as suas ações, esse valor não será cobrado.

As ações são negociadas em lotes. Geralmente, cada lote é formado por 100 ações de determinada empresa. Também é oferecida a possibilidade de se negociar quantidades de ações inferiores às dos lotes. Isso é chamado de lote fracionário. A principal vantagem de se negociar lotes é a liquidez. A grande maioria das pessoas negociam lotes, então fica muito mais fácil de se comprar ou vender no momento que você quiser. Já em relação a frações, a principal vantagem é o preço. Geralmente esse tipo de negociação é utilizada por pequenos investidores que não possuem capital suficiente para comprar um lote completo. Como exemplo, um lote da Petrobrás vale R$ 4.991,00 + corretagem, com a cotação de 13/08/2007, que fechou em R$49,91. Então comprar frações permite que uma pessoa compre 4 ações da Petrobrás com algo em torno de R$ 200,00.

Pra fechar o post, vou falar mais um pouco sobre dividendos. Ao comprar ações de uma empresa, você se torna sócio dessa empresa. Com isso, você participa da divisão dos lucros - isso quando a empresa tiver lucro E optar por distribuir os lucros daquele período. Quando isso acontece, essa participação nos lucros é paga na forma de dividendos. Esse valor é creditado diretamente na sua conta da corretora, onde você pode optar por reinvesti-lo, ou embolsá-lo. Pagar dividendos é uma opção da empresa. Mesmo que obtenha lucros, algumas empresas optam por reinvesti-lo integralmente na empresa, sem repassar nada para os sócios. No post sobre dividendos, falei das empresas que geralmente pagam os melhores dividendos.

E é isso, pessoal. Espero que essa postagem tenha ajudado a tirar algumas dúvidas de vocês. Mas não se esqueçam: mais importante que saber como negociar é saber como investir. Não deixem de buscar sempre informações.