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terça-feira, 1 de julho de 2008

FUJA DO CHEQUE ESPECIAL

As taxas de juros cobradas pelo cheque especial foram destaque de alta entre as modalidades de crédito analisadas pelo Banco Central, de acordo com a Nota de Política Monetária e Operações de Crédito divulgada na última terça-feira (24).

De acordo com o relatório do BC, as taxas de juros cobradas por estes serviços custam 157,1% ao ano, após o aumento de 4,4 pontos percentuais no último mês de maio.

Segundo o professor e coordenador dos cursos de administração, da Faculdade Módulo, Carlos Carvajal, considerando que o aumento na taxa básica de juros pode trazer ainda novos aumentos nas taxas cobradas pelos bancos, os produtos financeiros podem ficar ainda mais caros.

Fuja do cheque especial

A primeira dica, e talvez a mais importante, neste contexto é: fuja do cheque especial. De acordo com o Banco Central, as taxas cobradas pelo uso da modalidade estão entre as mais altas do mercado, conforme mostra a tabela abaixo, que compara as taxas cobradas, ao mês, considerando abril e maio de 2008 e o quinto mês do ano passado:


Assim, o primeiro passo a tomar é equilibrar o orçamento, de modo que não seja necessário utilizar de recursos de terceiros. No entanto, caso, em um primeiro momento, seja inevitável adquirir uma linha de crédito, busque alternativas mais baratas.

Segundo o professor Carvajal, os empréstimos para pessoa física apresentam taxas de juros bem mais atraentes do que o cheque especial. "As taxas médias das operações tradicionais de crédito pessoal baixaram 4,7 pontos percentuais em maio, para 63% a.a. frente aos 67,7% a.a. em abril. No ano, aumentaram 3,9 pontos percentuais", exemplifica.

Outras alternativas de crédito que podem ser analisadas são:

  • Crédito consignado
  • Parcelamento sem juros no cartão de crédito
  • Penhor

irRacionalidade econômica

De acordo com o economista Domingos Rodrigues Pandeló Júnior, professor do Ibmec São Paulo, quando o assunto é a tomada de crédito, os indivíduos têm demonstrado uma grande falta de racionalidade econômica.

"As operações com cheque especial indicam praticamente a ausência de racionalidade econômica", afirma o professor.

Segundo ele, uma possível explicação é o fato de as pessoas utilizarem a linha de crédito de forma inadequada, muitas vezes incorporando o limite do cheque especial à receita mensal. "Considerar o cheque especial como renda é um erro, pois paga-se muito caro por isso", alerta.

***

A premissa para qualquer bom planejamento financeiro é: fuja das dívidas. Portanto, antes de pensar em fazer qualquer investimento com suas economias, zere suas dívidas.


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