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Quem optou por começar suas aplicações na Bolsa de Valores de São Paulo no início deste ano já vivenciou experiências que somente os mais veteranos no mercado conheceram. Em meio a turbulência nas praças financeiras globais, o primeiro trimestre de 2008 foi o pior da bolsa brasileira desde 2005.
Nos três primeiros meses do ano, o Ibovespa acumulou desvalorização de 4,57%, para 60.968 pontos. As incertezas sobre a possibilidade de uma recessão na maior economia do mundo propiciaram uma fuga dos investidores estrangeiros para ativos considerados mais seguros, contribuindo para o desempenho trimestral pífio.
Nos últimos anos, apenas o segundo trimestre de 2005 conseguiu perdas superiores às do início de 2008. O recuo de 5,9% - o único em todos os trimestres daquele ano - teve o cenário político interno como responsável, com várias denúncias de corrupção abalando fortemente a performance do mercado acionário.
Volatilidade
A volatilidade não desgrudou do principal índice da Bovespa em janeiro, fevereiro e março. Logo no primeiro mês do ano, após os ganhos de 43,7% registrados em 2007, a hipótese de que os EUA entrariam em recessão despertou um grau elevado de aversão ao risco, consagrando o ouro como o melhor investimento do mês.
Em períodos de cautela acentuada, é comum observar uma maior demanda por ativos como este. A título de comparação, nos meses de abril, maio e junho de 2005, os investimentos em renda fixa lideraram o ranking de rentabilidade entre diversas aplicações. À época, pesava em favor desta aplicação, a taxa Selic a 19,75% ao ano.
Mas em janeiro, de fato, a crise oriunda da inadimplência das hipotecas de alto risco ganhava magnitude preocupante. Enquanto o presidente norte-americano, George W. Bush, anunciou um plano fiscal de cerca de US$ 150 bilhões para estimular o consumo no país, o Fed reduziu a taxa básica de juro em dois momentos no mesmo mês.
Recuperação
Em fevereiro, no entanto, os esforços das autoridades monetárias e a abrupta redução no juro básico norte-americano surtiram efeito ao aliviarem, de certa forma, a crise de crédito que derrubou os mercados. Resultado: recuperação do Ibovespa.
O que não foi mantido em março. A instabilidade nos mercados de commodities como petróleo e diversos metais voltou a afetar a renda variável brasileira, dada a importância de grandes produtoras destes produtos no índice paulista. Novos indicadores sugerindo fraqueza da economia dos EUA também impactaram no mercado.
EUA e Europa
O pior início de ano do mercado acionário dos últimos anos não é um privilégio do Brasil. Na Europa, as bolsas da região terminaram este intervalo com o pior desempenho desde 1987 - desvalorização na faixa de 16% do índice Dow Jones Stoxx 600. E nos EUA, foi o período mais fraco desde o terceiro trimestre de 2002, conforme as perdas de 10% do S&P 500.
Fonte: UOL
Nos três primeiros meses do ano, o Ibovespa acumulou desvalorização de 4,57%, para 60.968 pontos. As incertezas sobre a possibilidade de uma recessão na maior economia do mundo propiciaram uma fuga dos investidores estrangeiros para ativos considerados mais seguros, contribuindo para o desempenho trimestral pífio.
Nos últimos anos, apenas o segundo trimestre de 2005 conseguiu perdas superiores às do início de 2008. O recuo de 5,9% - o único em todos os trimestres daquele ano - teve o cenário político interno como responsável, com várias denúncias de corrupção abalando fortemente a performance do mercado acionário.
Volatilidade
A volatilidade não desgrudou do principal índice da Bovespa em janeiro, fevereiro e março. Logo no primeiro mês do ano, após os ganhos de 43,7% registrados em 2007, a hipótese de que os EUA entrariam em recessão despertou um grau elevado de aversão ao risco, consagrando o ouro como o melhor investimento do mês.
Em períodos de cautela acentuada, é comum observar uma maior demanda por ativos como este. A título de comparação, nos meses de abril, maio e junho de 2005, os investimentos em renda fixa lideraram o ranking de rentabilidade entre diversas aplicações. À época, pesava em favor desta aplicação, a taxa Selic a 19,75% ao ano.
Mas em janeiro, de fato, a crise oriunda da inadimplência das hipotecas de alto risco ganhava magnitude preocupante. Enquanto o presidente norte-americano, George W. Bush, anunciou um plano fiscal de cerca de US$ 150 bilhões para estimular o consumo no país, o Fed reduziu a taxa básica de juro em dois momentos no mesmo mês.
Recuperação
Em fevereiro, no entanto, os esforços das autoridades monetárias e a abrupta redução no juro básico norte-americano surtiram efeito ao aliviarem, de certa forma, a crise de crédito que derrubou os mercados. Resultado: recuperação do Ibovespa.
O que não foi mantido em março. A instabilidade nos mercados de commodities como petróleo e diversos metais voltou a afetar a renda variável brasileira, dada a importância de grandes produtoras destes produtos no índice paulista. Novos indicadores sugerindo fraqueza da economia dos EUA também impactaram no mercado.
EUA e Europa
O pior início de ano do mercado acionário dos últimos anos não é um privilégio do Brasil. Na Europa, as bolsas da região terminaram este intervalo com o pior desempenho desde 1987 - desvalorização na faixa de 16% do índice Dow Jones Stoxx 600. E nos EUA, foi o período mais fraco desde o terceiro trimestre de 2002, conforme as perdas de 10% do S&P 500.
Fonte: UOL
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