A revista Forbes publica anualmente a lista das pessoas mais ricas do mundo. Para entrar nesta lista a pessoa precisa ter um patrimônio acima de um bilhão de dólares. O milionário brasileiro Eike Batista, por exemplo, aparece nesta lista com a 142ª colocação e um patrimônio de U$ 6,6 bilhões, mas já declarou que pretende se tornar o homem mais rico do mundo em pouco tempo.

Isso não quer dizer que é preciso uma fortuna deste tamanho para uma pessoa ser considerada rico! Segundo a grande maioria dos autores de livros sobre o assunto, o conceito de riqueza está intimamente ligado ao conceito de independência financeira. Ou seja, se você tem ativos bons o suficiente para lhe gerarem uma renda capaz de financiar o seu padrão de vida, por toda a eternidade, pode considerar-se rico.

A partir daí é possível ver que a riqueza é um conceito relativo, e que depende também do padrão de vida que uma pessoa opta por adotar. Por exemplo, um assalariado acostumado a receber R$2.000,00 mensais mantém um certo padrão de vida. Se este indivíduo conseguir manter um investimento regular e atingir uma quantia acumulada de R$400.000,00, este montante aplicado numa poupança a uma taxa de 0,5% a.m. renderia exatamente o mesmo valor do seu salário. Assim, este indivíduo poderia deixar de trabalhar a qualquer momento e manter o seu mesmo padrão de vida.

Assim, com um plano de investimento de longo prazo e contando com a ajuda dos juros compostos, é possível este cidadão galgar alguns degraus no seu padrão de vida, sem prejuízo qualquer.

Mas e quanto àquelas pessoas que acertam na loteria e levam R$1 milhão de reais pra casa? Bem, se este dinheiro não for investido adequadamente, muito provavelmente ele seria completamente consumido. Estes sortudos comumente pensam em adquirir primeiro a sua mansão, depois carros, jóais, barcos e outros ativos que só vão lhe gerar gastos ao longo do tempo.

Por isso, os especialistas consideram que o principal fundamento da riqueza é o modo de pensar e de agir em relação ao dinheiro. No livro "Como ficar podre de rico, e ainda sobrar tempo para um ótimo sexo", por exemplo, o autor Herb Kay desafia: se toda a riqueza do mundo fosse confiscada e distribuída igualmente entre as pessoas, em pouco tempo os que eram ricos se tornariam novamente ricos, e os que eram pobres se tornariam novamente pobres, pois os seus modos de pensar e de agir são diferentes.

Com a colaboração de Rafael Seabra.