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terça-feira, 6 de novembro de 2007

PETROCHINA: A MAIOR DO MUNDO (PARTE 2)

No lançamento das ações na bolsa de Xangai, a Petrochina triplicou de valor e agora vale um trilhão de dólares.

Seria mais que o dobro da Exxon Mobil, até então a empresa mais valorizada do mundo. Mas a reação do governo chinês foi de preocupação.

O entusiasmo dos chineses pelas ações da Petrochina alimenta ainda mais a bolha no mercado de capitais.

Pequim teme o que pode acontecer quando a bolha estourar. O primeiro ministro Wen Jiabao prometeu medidas para controlar a bolsa.

As ações da Petrochina já eram negociadas em Nova York e Hong Kong. Nesta segunda-feira, foram lançadas na bolsa de Xangai e levantaram nove bilhões de dólares para a estatal do petróleo chinês .

A ação fechou valendo três vezes seu preço inicial. Embora no papel a Petrochina valha mais que o dobro do que vale a Exxon Mobil, a empresa americana teve um lucro no primeiro semestre de quase US$ 20 bilhões, contra 11 da Petrochina.

Uma das explicações é que a estatal chinesa dá prejuízo no refino do petróleo, já que o governo chinês mantém o preço da gasolina artificialmente baixo.

A valorização espetacular da Petrochina ocorre com muitas empresas listadas na bolsa de Xangai. Desde o início do ano, o valor desta bolsa mais do que dobrou.

Segundo analistas, o excesso de liquidez mundial, o vertiginoso crescimento da economia da China e a falta de opções para os pequenos investidores chineses, que são proibidos de colocar seu dinheiro no exterior, causaram uma bolha especulativa no mercado financeiro.

Acompanhar as cotações do mercado se tornou algo tão importante para os pequenos investidores chineses, que o governo já teme queda nos níveis de produtividade em algumas empresas.

Os preços altos criaram uma situação artificial, com cinco empresas chinesas entre as dez valorizadas do mundo, inclusive o maior banco, a maior seguradora e a maior empresa aérea.

E agora, a maior companhia petrolífera. A questão é: quando essa bolha vai estourar?

Fonte: Jornal da Globo (05/11/2007)


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