|
Numa decisão atípica, o governo cortou impostos sobre os computadores. Resultado: o preço caiu, as vendas legais dispararam - e até o Fisco ganhou.
Enquanto empenha todas as forças em prol da da manutenção da cobrança da CPMF, o governo deixa de os resultados de um exemplo positivo que ele próprio criou. Esse exemplo é o da chamada MP do Bem, medida provisória editada a quase dois anos para diminuir os impostos pagos pelo consumidor ao comprar computadores.
Por se aplicar a um produto de grande apelo de consumo e valioso tanto para pessoas quanto para empresas, tornou-se o mais bem-sucedido caso de corte de tributos feito pelo governo -- outros, como o da cesta básica de itens da construção civil, não produziram efeito tão visível. Em pouco tempo, a medida provou ser eficiente para cumprir todos os objetivos a que se propunha: combater o mercado cinza e expandir as vendas legais, ampliar a inclusão digital, criar empregos formais e estimular investimentos. Mais que isso, a redução da carga tributária dos PCs gerou um ganho efetivo para o próprio governo na forma de mais arrecadação.
O alívio tributário foi um dos fatores que impulsionaram as vendas de computadores no Brasil nos últimos anos -- a valorização cambial também ajudou ao baratear a importação de componentes. Apenas o corte de tributos -- do PIS e da Cofins -- significou uma queda imediata de 9,25% nos valores. Em novembro de 2005, ele foi aplicado inicialmente para os PCs de mesa com preço de até 2 500 reais e portáteis de até 3 000. No início deste ano, a redução foi ampliada para computadores de até 4 000 reais.
Enquanto empenha todas as forças em prol da da manutenção da cobrança da CPMF, o governo deixa de os resultados de um exemplo positivo que ele próprio criou. Esse exemplo é o da chamada MP do Bem, medida provisória editada a quase dois anos para diminuir os impostos pagos pelo consumidor ao comprar computadores.
Por se aplicar a um produto de grande apelo de consumo e valioso tanto para pessoas quanto para empresas, tornou-se o mais bem-sucedido caso de corte de tributos feito pelo governo -- outros, como o da cesta básica de itens da construção civil, não produziram efeito tão visível. Em pouco tempo, a medida provou ser eficiente para cumprir todos os objetivos a que se propunha: combater o mercado cinza e expandir as vendas legais, ampliar a inclusão digital, criar empregos formais e estimular investimentos. Mais que isso, a redução da carga tributária dos PCs gerou um ganho efetivo para o próprio governo na forma de mais arrecadação.
O alívio tributário foi um dos fatores que impulsionaram as vendas de computadores no Brasil nos últimos anos -- a valorização cambial também ajudou ao baratear a importação de componentes. Apenas o corte de tributos -- do PIS e da Cofins -- significou uma queda imediata de 9,25% nos valores. Em novembro de 2005, ele foi aplicado inicialmente para os PCs de mesa com preço de até 2 500 reais e portáteis de até 3 000. No início deste ano, a redução foi ampliada para computadores de até 4 000 reais.
Operação ganha-ganha | |
Confira os resultados gerados pela redução de impostos (implementada em novembro de 2005) embutidos no preço final dos computadores | |
Vendas totais de PCs (em unidades) | |
2005 | 5,7 milhões |
2007(1) | 10 milhões |
Vendas da indústria legal (em unidades) | |
2005 | 2,3 milhões (40% do total) |
2007(1) | 7 milhões (70% do total) |
Empregos na indústria legal | |
2005 | 19 000 |
2007(1) | 25 000 |
Total de impostos arrecadados (em reais) | |
2005 | 1 bilhão(2) |
2007(1) | 1,5 bilhão(2) |
Conclusões | |
- O volume vendido no mercado legal foi multiplicado por 3 - O número de empregos formais na indústria cresceu mais de 30% - O governo está arrecadando 50% mais que em 2005 - Em apenas dois anos, inverteram-se as participações de fornecedores legais e ilegais no mercado | |
(1) Previsão para o final de 2007 (2) Valores estimados considerando IPI, IR, ICMS, II e CSL Fontes: Abinee e IDC |
Fonte: É bom até para o governo
Nenhum comentário:
Postar um comentário